quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Equipe de Arqueologia da UNEB do Campus de Senhor do Bonfim e da HAS Consultoria realizam pesquisas e atividades educativas em Caetité, Bahia


A equipe de arqueologia do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da Universidade do Estado da Bahia - Campus VII de Senhor do Bonfim (LAP/UNEB) e da HAS Consultoria vem realizando pesquisas arqueológicas desde o ano de 2009 em Caetité. A mais recente dessas pesquisas foi na área do empreendimento da Força Eólica do Brasil nas proximidades do Povoado de Brejinho das Ametistas.

Na região a equipe de pesquisadores já localizou muitos sítios arqueológicos pré-históricos (também denominados pré-coloniais), alguns desses de Arte Rupestre, outros contendo vestígios líticos (em pedra lascada), alguns com restos de vasilhames cerâmicos. Ocorrem ainda na região os sítios históricos, remanescentes de antigos grupos tradicionais locais, igrejas, fazendas seculares e outras.

O último sítio escavado foi o Rochedo que consiste em um grande paredão rochoso de quartzito contendo algumas pinturas rupestres bastante esmaecidas e uma vasta área à sua frente apresentando vestígios líticos lascados em períodos pré-históricos.

A escavação do sítio Rochedo realizada no início de 2013 alcançou uma profundidade de até 2,2 m e abrangeu uma vasta área contendo muitos vestígios líticos (rochas lascadas e polidas), bem como uma enorme quantidade de carvões.

Os vestígios estão sendo estudados por arqueólogos e paleobotânicos que deverão analisar os artefatos e os carvões na tentativa de compreender o ambiente passado e a utilização dos recursos vegetais pelos grupos pré-históricos que ocuparam a região.

Um grande contingente de pesquisadores estiveram envolvidos nesses estudos de campo como a Arqueóloga e coordenadora do Projeto (Dra. Cristiana Santana), o Paleobotânico Dr. Francisco Hilder Magalhães, a Bioarqueóloga e Mestre em Biodiversidade Vegetal (Joyce Avelino), a Paleontóloga e Mestre em Ecologia (Márcia Xavier), a Especialista em Patrimônio Cultura (Virginia Silva), o Especialista em Educação Ambiental (Hélio Santana), os Bioarqueólogos Gilmar Silva e Noelia Vieira, além de alunos de mestrado e das graduações em Biologia e Pedagogia da UNEB. Técnicos e pessoas da comunidade também estiveram envolvidos nas pesquisas.
Vista parcial da escavação do sítios arqueológico Rochedo, Caetité Bahia.

Em outubro os pesquisadores retornaram a Caetité para realizarem atividades de Educação Patrimonial: palestras e oficinas em escolas de Brejinho das Ametistas e da sede municipal de Caetité. O ponto alto das atividades foi a exposição de artefatos arqueológicos e de réplicas de pinturas rupestres.

Em sentido horário, acima: cenas da exposição, direita: réplica de pintura rupestre, abaixo: alunos durante oficina de pintura, esquerda: palestra educativa para a comunidade.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Arqueologia em Salinas da Margarida, Bahia

No mês de julho desse ano de 2013 a equipe de arqueologia do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da Universidade do Estado da Bahia (LAP/UNEB) esteve em Salinas da Margarida, no Recôncavo Baiano, realizando pesquisa de campo para o empreendimento Alojamentos do Estaleiro Enseada do Paraguaçu. Essa é a quinta viagem que os pesquisadores do LAP/UNEB fazem a Salinas, município integrante de uma região que já vem sendo estudada arqueologicamente por essa equipe desde o ano de 2009.

Durante as atividades de pesquisa a equipe teve a oportunidade de investigar a região e realizar palestras educativas para a comunidade da sede de Salinas e no Povoado de Conceição de Salinas, versando sobre o patrimônio cultural histórico e arqueológico da Bahia e da região da Baía de Todos os Santos. As palestras também tiveram o objetivo de sensibilizar a comunidade para a necessidade de conservação de seus sítios históricos, arquitetônicos e arqueológicos.

Durante as atividades educativas as comunidade de Salinas e Conceição participaram ativamente. O líder comunitário da sede municipal de Salinas, Sr. Antônio, acompanhou a equipe em sua visita por vários pontos. Em Salinas houve a indicação de verdadeiras riquezas regionais como os trilhos que faziam o transporte do sal das salinas locais, bem como pérolas arquitetônicas da região, como a igreja do Dourado, uma igreja com construção tipicamente colonial e de extrema beleza e importância histórica. A construção é feita em pedras e tijolaria, com paredes apresentando largura média em torno de 90 cm.




Infelizmente toda essa exuberância está em ruínas, esquecida e sem a devida conservação. Aliás, essa é uma triste realidade observada nos patrimônios arquitetônicos de muitos municípios inseridos na área da Baía de Todos os Santos.